segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"eu gostaria de dizer uma palavra em nome da Natureza, da liberdade e da rusticidade absolutas, em contraste com uma liberdade e uma cultura apenas civis: que se considere o homem como habitante ou parte integrante da Natureza, e não como membro da sociedade" (THOREAU. Walking and the Wild, 1862)


"Com essas linhas, Thoreau começou seu ensaio 'Walking', publicado inicialmente em 1862, no Atlantic Monthly, com o título Walking and the Wild. Nesse texto, ele, naturalista, poeta e crítico social, esboça sua crença de que o ato de caminhar é uma expressão da liberdade e da rusticidade e, como tal, opõe-se à expansão da sociedade urbana." (COVERLEY, Merlin. A Arte de Caminhar: o escritor como caminhante. p 105 - Ed. Martins Fontes, 2015)

Reunimos abaixo alguns registros, mapas e anotações de Henry David Thoreau para ilustrar esse post. Assim, podemos ver  a presença do desenho e da cartografia nos planejamentos e registros dele.



 Entre julho de 1845 e setembro de 1847, Thoreau viveu em uma cabana no lago Walden, "dando as costas para a sociedade moderna. O resultado foi Walden, or life in the woods, publicado pela primeira vez em 1854, que muitos consideram até hoje um dos textos sagrados do movimento preservacionista." (COVERLEY, p. 106)


"[...] Thoreau também evita uma narrativa direta, privilegiando uma série de caminhos sinuosos em torno do seu tema, como se seu ensaio refletisse as voltas que ele dava em torno do lago Walden. Na verdade já se considerou que Thoreau 'pensava com os pés', dado que o ato de caminhar chegou a determinar a forma de todos os seus livros, estruturados não pelo argumento lógico, e sim pela sucessão de observações que se apresentavam a ele durante uma caminhada" 
(COVERLEY, p. 107, apud Joseph A. Amato)



domingo, 30 de agosto de 2015

trabalho realizado por Gabriela Canale Miola em Ubatumirim_julho 2015

nas palavras de Gabriela Canale Miola que participou de BAGAGEM em Ubatumirim, julho de 2015:

"Homenagem à mãe das águas doces, orixá das cachoeiras, lagos e rios, este livro é uma criação fotoliterária produzida a partir de experiências geopoéticas durante residência artística oferecida pela artista Edith Derdyk em pleno encontro da Mata Atlântica com o Oceano Atlântico."

http://issuu.com/gabrielacanale/docs/eb___pra_oxum__/1

domingo, 23 de agosto de 2015

trabalho realizado por Gabriela Canale Miola, na imersão em Ubatumirim

https://soundcloud.com/gabrielacanale/ebo-pra-oxum-capitulo-1-para-ouvir-caminhando-atentamente

lugar


  ”O trabalho não é posto em um lugar, ele  é esse  lugar”
                                                                             Michael Heizer


    trabalho realizado por Ivanise regina del Carlo  em Ubatumirim_junho_2015



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

mapa e território

“Mapas são anotações gráficas de experiências a serem lembradas.Terra não mapeada  é terra não possuída.”

“A incansável preocupação do artista com viagem, navegação e mapear é, freqüentemente, uma tentativa de endereçar e reconciliar a relação mítica entre o cotidiano e o caminho da descoberta “espiritual”. A natureza temporal pode ser finalmente inseparável do lugar, do espaço, até mesmo quando é simbolizada como uma abstração ou independência do lugar do corpo , mas a conjunção histórica dos dois tem vindo para significar possessão ou dominação da natureza. Tempo como uma linha e espaço como um círculo tem sido interpretados como feminino e masculino.

Mapas marcam distância no espaço como calendários marcam distância no tempo. A grande popularidade do mapa na arte contemporânea começa com a preocupação dos Minimalistas pelo número, tempo e medidas. Artistas conceituais condicionados pela adoração modernista americana das grandes escalas, mas não desejando preencher o mundo com mais objetos, adotaram o mapa e a fotografia como substituto evocativo para a primeira experiência com o lugar.”

Tempo e de novo: mapas e espaços e jornadas. pg 121
In:Overlay de Lucy Lippard

 Richard Long
 Jorge Macchi



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

BAGAGEM está no ar


Adotando o enunciado  "caminhar como prática estética", prática esta que serviu como fundamento para a produção de muitos artistas,  projetos e coletivos desde idos de 60, o BAGAGEM propõe investigar os modos de captar, registrar, se apropriar, interpretar e ressignificar poeticamente a relação entre o corpo, o olhar, o tempo e o espaço, através do desenho, fotografia, vídeo, escrita, performance, livro de artista, intervenção.....


Estamos trabalhando para que este blog seja nosso arquivo virtual, disponibilizando informações e registros sobre nossos encontros.

Obrigado pela visita!