terça-feira, 17 de novembro de 2015

aqui  preparando uma programação para 2016



Encontros Imersivos BAGAGEM:caminhada como prática poética, fora da cidade de SP:
 - no Matutu_Aiuruóca perto de São Lourenço_Minas Gerais (Carnaval_Fevereiro) www.pousadamatutu.com.br;
- na  Fazenda Serrinha_Bragança Paulista (Páscoa_Março e Tiradentes_Abril)
www.fazendaserrinha.com.br ;
- quem sabe expedição para o Parque do Zizo_São Miguel Arcanjo, em direção à Sorocaba
ou Monte Roraima (grupo mínimo 10 pessoas)

Curso Extensivo BASE com 6 encontros no Centro de Pesquisa e Formação  _SESC , em fevereiro e março, coordenação Edith Derdyk. Teremos 4 convidados: Natalia Barros_Poesia; Laerte Sodré_Astronomia; Rita Mendonça_Biologia/Ecologia; Marcelo Semiatzh_Fisioterapia/Estudos do Corpo além de 2 encontros ministrados pela artista edith Derdyk,  abordando e contextualizando o ato de caminhar com a História da Arte.

Linhas de Horizonte - entre o corpo , o olhar e o espaço,   8 aulas  em SP, realizando incursões  urbanas, curso sediado na Casa Contemporânea, em andamento
www.casacontemporanea370.com
.
As parcerias se consolidam com a Fazenda Serrinha, onde já realizamos 2 edições em 2015, SESC e Casa Contemporânea.





Em tempos tão turbulentos como os que estamos imersos, em nossa  história recente, atravessados por questões cruciais à nossa sobrevivência material e espiritual, em todas as instâncias, o pré-texto  "ato de caminhar como prática poética"  se reveste de muitas  camadas de sentido - sejam de ordem física;  sejam pela necessidade de retomar as medidas do corpo e as extensões perceptivas espaço-temporais; sejam de ordem simbólica e existencial. Emerge a necessidade, estrutural e estruturante, de atualizar conceitos  e chaves  filosóficas, antropológicas,  estéticas, como modalidades de interpretação e  invenção de mundos. 


A ressignificação de nossas experiências e repertório constitutivo, relativos aos trânsitos e fluxos na qual vivemos em todos os momentos - dos percursos cotidianos aos  nomadismos sócio-culturais e, portanto, históricos -,  nos solicita redesenhar as representações   das noções de território e  de mapeamento destas - seja a partir das observações,  das memórias (cujo arco se estende do singular/ afetivo ao plural/cultural-histórico) e dos imaginários, ou seja, a projeção de futuros possíveis.




A experiência extraída do ato de caminhar, em si, visa a constituição de  narrativas e dramaturgias  que ancorem  a instauração de  novas e outras poéticas,  nascidas  sob o signo  das linguagens expressivas, criativas e criadoras da Arte, esbarram  em  questões emergentes de nossas vidas:        
a mobilidade social, física, territorial; as migrações; o desafio das outridades - cujos modelos estão exauridos por um lado e, por outro, a constatação do vão entre imagens e palavras capazes de instigar a suspeita "representação" de nossa  subjetividade contemporânea; a eterna conquista do mito do desconhecido.

A plataforma BAGAGEM : caminhada como prática poética, passo a passo, ponto a ponto, traço a traço, vai desenhando linhas em estado de risco, conectando cartografias afetivas, abrindo trilhas metafóricas, instaurando veredas "nem sempre reais, porém sempre verdadeiras", como já dizia Antonin Artaud, em direção à conjugação de experiências, gerando argamassas móveis, fluxos singulares e plurais. 

  



A indagação desta proposição, que fica aqui batendo seu pulso, tende revolver o arco extenso entre "a poética da experiência  e a experiência da poética". Como extrair e projetar, do ato de caminhar em si, informações-pilares que sejam ingredientes para esta cozinha alquímica dos sentidos,  caminhada incessante da  linguagem poética  - o novo passaporte de um caminho por ser, ainda, desvendado. 

Edith Derdyk
novembro _ 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015


"Não encontrar o caminho numa cidade´pode  perfeitamente ser desinteressante e banal. Exige  ignorância - só isso. Mas se perder  numa cidade - do modo como nos perdemos numa floresta - exige um ensino muito diferente. Nesse caso, placas de lojas e nomes de ruas, transeuntes, tetos, quiosques ou bares devem falar ao caminhante como um raminho que se quebra sob os seus pés na floresta, como o pio assustador de um alcaravão à distância, como a súbita quietude de uma clareira com um lírio erguendo-se bem ereto no seu entro. Paris me ensinou essa arte de vagar."

Walter Benjamin , "A Berlin Chronicle" in: Reflections:  essays, aphorisms, autobiographical writtings_NY_Schoken_1986_pg 9

http://bacanasbooks.blogspot.com.br/2011/02/buenos-aires-tour-jorge-macchi-2003.html

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

"Caminhar é o melhor modo de explorar e tirar  proveito da cidade: as mudanças, trocas, rupturas no capacete das nuvens, o movimento da luz na água. O deslocamento sem propósito é o modo recomendado, pisando firme o chão asfaltado m um devaneio alerta, deixando que se revele a ficção de um padrão subjacente. Para o materialista que não perde tempo com bobagens isso cheira a decadência fin-de-siécle, uma entropia poética - mas  o 'flâneur' renascido é uma criatura teimosa, menos interessado em textura e tecido, escutando atrás da porta pedaços de conversas filosóficas, do que em observar tudo." 

Lights out for the territory_ Iain Sinclair_ Londres_Granta_1997

   

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

“Empreendi e executei uma viagem de 42 dias à roda de meu quarto. As interessantes observações que fiz e o prazer contínuo que experimentei ao longo do caminho faziam-me nascer o desejo de o tornar público; a certeza de ser útil foi o que me decidiu.”

Jorge Macchi

"Não há mais atraente, para mim, do que seguir as ideias pelo rastro, como o caçador persegue a caça, sempre tende a tomar alguma estrada. Assim, quando viajo em meu quarto, raramente percorro uma linha reta: vou da minha mesa para um quadro colocado em um canto; de lá parto obliquamente para ira té a porta; mas, ainda que no momento em que parto minha intenção seja ir par lá, se encontro uma poltrona no caminho, não me faço de rogado e lá me arranjo imediatamente"..

Xavier de Maistre (1763-1854)  Viagem à roda de meu quarto (Estação Liberdade)



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

"Não há palavra que descreva satisfatoriamente aqueles passos. Era algo tão mais lneto que uma caminhada quanto uma caminhada é mais lenta do que uma corrida. Eu ficava esperando a cada passo durante um tempo incrível. Em cinco minutos exauria o espírito e punha em estado febril todos os músculos da perna."

in: Walking Tours_1876_Robert Louis Stevenson (citação do livro A arte de caminhar_Merlin Coverey)






quarta-feira, 30 de setembro de 2015

BAGAGEM  na Fazenda Serrinha
participações especiais:
Natália Barros falando de poesia, da palavra que se coloca em movimento
Lua Tatit oferecendo experiências _práticas corporais_ para  os acordes de um corpo

sexta-feira, 11 de setembro de 2015



Alguns trabalhos  realizados na Fazenda Serrinha_setembro 2015

Elis Cristina





 ação coletiva _ realizado por Melina Furquim e Felipe Vilas Sanchez


Simone Saiki



Melina Furquim








Nathália Favaro

















Elaine Fontana











Laura Castro




Thais Guglielme





Tamara Andrade








Barro quadrado                                     Na margem, o balde                  Contas de terra
desmonta a linha                                   despeja o vento                           e o passo farfalha
de água esquecida                               de água esquecida                         de casca o chão