aqui preparando uma programação para 2016
Encontros Imersivos BAGAGEM:caminhada como prática poética, fora da cidade de SP:
- no Matutu_Aiuruóca perto de São Lourenço_Minas Gerais (Carnaval_Fevereiro) www.pousadamatutu.com.br;
- na Fazenda Serrinha_Bragança Paulista (Páscoa_Março e Tiradentes_Abril)
www.fazendaserrinha.com.br ;
- quem sabe expedição para o Parque do Zizo_São Miguel Arcanjo, em direção à Sorocaba
ou Monte Roraima (grupo mínimo 10 pessoas)
Curso Extensivo BASE com 6 encontros no Centro de Pesquisa e Formação _SESC , em fevereiro e março, coordenação Edith Derdyk. Teremos 4 convidados: Natalia Barros_Poesia; Laerte Sodré_Astronomia; Rita Mendonça_Biologia/Ecologia; Marcelo Semiatzh_Fisioterapia/Estudos do Corpo além de 2 encontros ministrados pela artista edith Derdyk, abordando e contextualizando o ato de caminhar com a História da Arte.
Linhas de Horizonte - entre o corpo , o olhar e o espaço, 8 aulas em SP, realizando incursões urbanas, curso sediado na Casa Contemporânea, em andamento
www.casacontemporanea370.com
.
As parcerias se consolidam com a Fazenda Serrinha, onde já realizamos 2 edições em 2015, SESC e Casa Contemporânea.
Em tempos tão turbulentos como os que estamos imersos, em nossa história recente, atravessados por questões cruciais à nossa sobrevivência material e espiritual, em todas as instâncias, o pré-texto "ato de caminhar como prática poética" se reveste de muitas camadas de sentido - sejam de ordem física; sejam pela necessidade de retomar as medidas do corpo e as extensões perceptivas espaço-temporais; sejam de ordem simbólica e existencial. Emerge a necessidade, estrutural e estruturante, de atualizar conceitos e chaves filosóficas, antropológicas, estéticas, como modalidades de interpretação e invenção de mundos.
A ressignificação de nossas experiências e repertório constitutivo, relativos aos trânsitos e fluxos na qual vivemos em todos os momentos - dos percursos cotidianos aos nomadismos sócio-culturais e, portanto, históricos -, nos solicita redesenhar as representações das noções de território e de mapeamento destas - seja a partir das observações, das memórias (cujo arco se estende do singular/ afetivo ao plural/cultural-histórico) e dos imaginários, ou seja, a projeção de futuros possíveis.
A experiência extraída do ato de caminhar, em si, visa a constituição de narrativas e dramaturgias que ancorem a instauração de novas e outras poéticas, nascidas sob o signo das linguagens expressivas, criativas e criadoras da Arte, esbarram em questões emergentes de nossas vidas:
a mobilidade social, física, territorial; as migrações; o desafio das outridades - cujos modelos estão exauridos por um lado e, por outro, a constatação do vão entre imagens e palavras capazes de instigar a suspeita "representação" de nossa subjetividade contemporânea; a eterna conquista do mito do desconhecido.
A plataforma BAGAGEM : caminhada como prática poética, passo a passo, ponto a ponto, traço a traço, vai desenhando linhas em estado de risco, conectando cartografias afetivas, abrindo trilhas metafóricas, instaurando veredas "nem sempre reais, porém sempre verdadeiras", como já dizia Antonin Artaud, em direção à conjugação de experiências, gerando argamassas móveis, fluxos singulares e plurais.
A indagação desta proposição, que fica aqui batendo seu pulso, tende revolver o arco extenso entre "a poética da experiência e a experiência da poética". Como extrair e projetar, do ato de caminhar em si, informações-pilares que sejam ingredientes para esta cozinha alquímica dos sentidos, caminhada incessante da linguagem poética - o novo passaporte de um caminho por ser, ainda, desvendado.
Edith Derdyk
novembro _ 2015
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